sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sobre o conteúdo do meu Mp4 (ou, o fragmento 115)

Vou logo alertando que esse Fragmento contém muitos videos, parece longo, mas nem é.

Esse Fragmento pode acabar acrescentando alguma coisa na sua playlist, se o fizer, COMENTE!

Certa vez, dentro do carro da minha prima (o popular “Obamis”), eu coloquei meu pendrive p/tocar e tinha acabado de conhecer um grupo chamado Big Nuz, peguei o cd deles e exatos 45 segundos depois, um chegado meu, q estava no carro perguntou “que merda de lingua escrota é essa?”,  era africano, Big Nuz é da mãe África, meu chegado ouviu até ter tempo de perceber que não era inglês.

Não desisti e numa outra oportunidade toquei p/minha namorada escutar, levou uns 52 segundos até ela sentenciar, em tom melancólico “amor, tira essa musica estranha, por favor?”,  eu tirei, e nunca mais tive vontade de mostrar Big Nuz p/ninguem, até hoje.

Big Nuz entra aqui como um exemplo, simples, de como somos intolerantes musicalmente falando, gostamos que as coisas venham em parametros aceitaveis e temos baixa tolerancia para o novo propriamente dito. Sim, porque uma coisa é o novo cd de hip hop da Rihanna, a gente já sabe o que vem por aí, outra coisa é você ouvir algo que lhe é REALMENTE novo, tipo, hip hop em outra lingua, que num seja inglês.

“Mas Radar, como raios você conheceu o Big Nuz, já que fala tanto dele?”

Ora essa, na copa do mundo da África, claro.



Sou adepto convicto da teoria de Chico Science: “cadê as notas que estavam aqui? não preciso delas, basta fazer tudo soar bem aos ouvidos”. Não faz diferença p/mim se vem em inglês, francês, alemão ou africano, se é bom eu curto mesmo, sou um ecletico radical com alguns poucos parametros. Eu escuto de quase tudo, tento buscar uma sonoridade nova.

Então, no meu mp4 você vai encontrar uma verdadeira cria da globalização: hip hop alemão, africano, brasileiro e americano além do reggueton espanhol, musica eletronica inglesa, russa e brasileira, você ainda vai encontrar salsa e também o zouk, a lambada francesa, e ainda tem espaço para o funk americano de raiz, charme e jazz… deixa eu te dar uma amostra do que tem dentro do meu ouvido:

Vou começar pela minha paixão, o house:
O David Tavare se acha mó gostosão, olha o naipe do cara. ^^

… Vou soltar mais um house, e vamos para o proximo, valeu?
Imagens psicodélicas… vai saber…

AH! e p/você num dizer que eu num botei, tome o eletro russo na veia!

Hard Bass porrada, né não? (e QUEM SÃO ESSES MALUCOS???)

O que eu disse lá em cima? AH! hip hop alemão!
Eu tava em busca de outra coisa quando achei isso, e acabei me esquecendo do que estava procurando… bacana, não?

… Deixa eu mandar mais uma, p/você num dizer “ah! o Radar só tem essa em alemão e fica bolando.”

vos apresento o Bushido:

Hip hop alemão com nome de Bushido… e tem gente que diz que EU sou sem noção.

Quer mais? vamos p/salsa?
Não conhecia o Yuri, foi uma boa surpresa.

Lá vai outra, sente só:

Num cheguei a ver NENHUMA banda de “musica cubana” daqui do país TENTAR tocar essa.

Hmmmm, PRÓXIMO!

Vamo de Rock, eu num coloquei lá em cima, mas tem disso no meu mp4 sim.
eu num tenho essa versão no mp4, mas ficou DUCARALHO.

Só vou soltar mais uma e vamos ao proximo estilo, valeu?
NIN tem um quê de insano que é muito foda!

Tá, eu vou botar só mais esse, porque esse daqui chega ser hipnotico, meio experimental entende? sente só:
Ouvir essa canção dentro de um busão olhando a paisagem dá barato.

”Opa, ta faltando brasucas aí, Radar” … Nem tá, olha só:

Quem tem um sonho não dança… e é isso.

E aí? tá bem representado? deixa eu te mostrar outra:
Raimundos, saudades eternas. ^^

Hmmmm, vamo de world music agora, uma galera que eu conheci também na copa do mundo da África: Amadou e Mariam

Os óculos escuros não são bolado, o casal é cego… que pegada é essa na canção??? fantástica!!!

Deixa eu soltar outra parada aqui, que eu ainda num tenho muita World no esquema. Falei de charme alí em cima e você num sacou? Tó:

Old school fodão direto do túnel do tempo. ^^

Também falei de funk raiz, e você achando que eu tô falando de Furacão 2000…
¬¬, eu tô falando DISSO:

Isso sim eh uma pegada de RESPEITO!

… DISSO:
O baixo aí é animal!!!

… E DISSO DAQUI!!
Caraca, como eu acho essa musica FODA!!!

Como num podia faltar, Hip Hop, sente a pressão:

The Roots arrasa em qualquer tempo.

Vou colocar uma que é das antigas já, mas muito boa:
Trilha sonora p/sair com os aliados? FUCK YEA!

Vou colocar só mais uma de um cidadão que conheci recentemente, o cara tira mó onda!
Aos 2:16… ME ENSINA A FAZER ISSO, TIO!!!!

Quer saber? Deixa eu terminar esse post logo, tá ficando gigante e eu sei que vocês num tem TANTA paciência assim, vou encerrar com zouk, ou lambada francesa se você preferir, sente só a parada:

Sexy, não?

O bacana do zouk foi uma versão de uma canção já conhecida ór ser sexy, que é New Era,  e transformar em outra coisa, ficou bem legal:
Prato cheio p/quem sabe dançar, eu só arranho.


Tem mais, MUITO MAIS... Mas num vou me estender… Minha dica? Abra a sua cabeça, o mundo tem muito som p/te oferecer, sai do feijão com arroz, e entra de cabeça no mundão.



Gustavo Radar só entrou em uma academia de dança p/aprender a dançar frevo, outros estilos foram aprendidos vendo filmes e nas ruas mesmo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre “Remixes” (ou, o Fragmento 201)

Remixar uma canção requer inumeras habilidades, tanto em edição de audio, quanto em quebra cabeças, afinal, o remix é uma remontagem, uma re mistura (re-mix) de uma musica. Pode-se acrescentar algo novo, ou usar os elementos da própria canção para fazer algo inovador.
Mas tem um elemento que deve ser levando em conta, talvez mais que qualquer habilidade: é preciso GOSTAR da canção que vai se remixar, senão aparece um remix sem vida, um caça-niqueis de quinta, algo nojento e repulsivo no que tange a sonoridade.
Eu já ouvi remixagem soar melhor que a versão original, colocando pimenta nas partes sem sal de uma canção, deixando-a ducaralho… Mas já ouvi remix soar tão falso, tão ridículo que me faz pensar “como esse RETARDADO pensou em remixar uma canção que já estava PERFEITA?”
Deixa eu exemplificar p/vocês com um clássico da dance music, num se preocupem, vocês vão saber qual é a canção no primeiro segundo. ^^



Quem num lembra dessa? o riff de baixo marcante e o ritmo envolvente de uma canção que trás nostalgia a lot.

Pois bem, resolvo buscar na net uma versão mais nova, um remix bacana e eis o que eu encontro:



Se rolar numa festa eu até danço, mas p/mim a canção MORRE em 1:22, afinal é nesse tempo que morre o riff de baixo, que é a alma de What is Love. O cidadão com vontade de deixar a canção “moderninha” simplesmente MATOU a musica, ela ficou pasteurizada, embalada no riff que é a sensação do momento, e nesse interim perdeu a vida, ficou sem alma… mas aí é a minha opinião.

Um exemplo clássico do que estou falando aqui, e por um acaso foi o motivo de eu ter vontade de escrever isso, foi um remix de uma das minhas canções prediletas:



quem andou pelas boates em 2007-08 sabe que essa canção BOMBOU, e eu achava fantástico a sonoridade vinda de um instrumento que num sei o nome, mas se assemelha a dois wok chineses, um som que se assemelhava a sinos, era psicodélico.

… Musica boa vira remix: FATO… Mas a canção já era perfeita, ia acrescentar o que???  … E aí o retardado pensa: “somar? não… subtrair!”

e saiu ISTO:



O MALDITO SÓ LEMBRA DO QUE DÁ VIDA A CANÇÃO NO FINAL DEEEELAAAAA!!! aos 2:51 ele se lembra que sem aquele som, sem aquele sample de “sinos”, a musica num tem VIDA! E o desprovido de graça só lembra disso no FINAL!!!
Mas o cara ao menos ainda deixa o sample rolando no fim, pior fez o Vandalism (e eu curto PACARALHO o som deles) que simplesmente ESQUECE dos sinos e deixa a musica lá, chatinha, sem aquele momento em que você pode abrir os braços e pedir a bênção dos deuses do Eletro, ou apontar para o teto, com um copo de qualquer coisa na outra mão como quem diz “ISSO! AGORA SIM!” (cara, eu fiz MUITO disso. ^^).  Eu curto muito o Vandalism, mas nesse caso…



Se bem que tem o nome do Guetta no meio… Num importa quem fez esse mix, foi FAIL do mesmo jeito.

Depois que esse “mix” tomou conta das boates (para minha tristeza), num sei o que aconteceu que o Yves Larock lançou seu PRÓPRIO mix da canção Rise up. Foi esse mix dele que me fez crer que ele também ama aqueles sinos,  e me pareceu uma resposta aos “remixers” que tiravam os “sinos” por achar que eles não tinham importância, Yves pensava como eu: sem os “sinos” a musica morre.



Resultado: a canção ficou ainda mais FODA.

Como eu dizia no começo dessa bagaça: num adianta ser O mestre no remix, ser renomado e o escambau, se você não curte a musica que vai remixar… o remix vai merecer um OUTRO remix.


Desafio você a comentar esse Fragmento!

Gustavo Radar definitivamente não curte os “speeders”, uma modalidade da musica eletrônica que consiste em tocar a musica em alta velocidade, acha eles pouco elaborados e fracos se comparados ao goa-trance e acid-trance.